As autoridades chinesas ordenaram que as grandes desenvolvedoras de jogos cortem o conteúdo percebido como gerando “efeminação”.
A medida é a mais recente das autoridades a apertar o controle sobre o setor de tecnologia em apuros e desencadeou um colapso nos preços das ações de alguns dos maiores nomes do setor.
Na quarta-feira, as autoridades convocaram empresas de jogos como a Tencent e a NetEase, as duas líderes de mercado na cena multibilionária de jogos da China, para discutir mais restrições à indústria, que já foi ordenada a limitar o tempo de jogo das crianças a três horas por semana.
Entre os novos alvos estão as representações masculinas na mídia, que os especialistas dizem ser um motivo de ansiedade entre a geração conservadora e mais velha de líderes do Partido Comunista.
Nos últimos dias, os reguladores ordenaram às emissoras que resistissem à “estética anormal”, como os homens “maricas”, exigindo representações mais masculinas na programação.
Na quarta-feira, a agência de notícias oficial Xinhua divulgou os últimos decretos contra jogos.
“Conteúdo obsceno e violento e aquelas tendências prejudiciais à saúde, como adoração ao dinheiro e efeminação, devem ser removidos”, disse o documento.
As empresas que desrespeitarem as regras serão punidas, alertaram as autoridades.
O objetivo é impulsionado pela percepção entre setores da sociedade de que “homens afeminados são fisicamente fracos e emocionalmente frágeis”, disse o professor associado da Universidade de Hong Kong, Geng Song, com a inferência de que homens “femininos” não podem defender a nação.
Song acrescentou que a heterossexualidade é vista como a única norma de gênero, sobre representações mais ambíguas de sexualidade e identidade.
Fonte: NDTV
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